Se a reta final da NBA é contagiada pelo interesse da maioria dos times – alguns com posição definida para os playoffs começam a poupar jogadores, enquanto quem já está eliminado muitas vezes prefere perder para aumentar suas possibilidades no Draft –, para o brasileiro Tiago Splitter cada partida é uma decisão. Nos últimos meses de seu contrato, o pivô do Philadelphia 76ers enfim está em condições de entrar em quadra e joga para provar que ainda tem lugar na liga.




Depois de uma série de problemas físicos, Splitter voltou às quadras na terça-feira, quando anotou dois pontos, três rebotes e um toco em sete minutos na vitória do Sixers sobre o Brooklyn Nets por 106 a 101. Um dia depois, não saiu do banco durante a derrota por 99 a 92 para o Atlanta Hawks, seu ex-time.
Antes de pisar em uma quadra da NBA, Tiago Splitter fez dois jogos pelo Delaware 87ers, time da D-League filiado ao Sixers, como parte de sua recuperação, obtendo, em média, 6,5 pontos e 5,5 rebotes em 13,8 minutos por exibição.
Em janeiro, em entrevista ao site Globoesporte.com, Splitter havia afirmado que se aposentaria se ficasse sem clube na NBA. O brasileiro chegou a correr esse risco no fechamento do mercado, quando foi trocado para o Sixers, time cheio de jovens pivôs e que não busca resultados a curto prazo. Para a sorte do brasileiro, no entanto, Nerlens Noel foi negociado para o Dallas Mavericks, e Jahlil Okafor e Joel Embiid estão machucados – o segundo está fora da temporada.
Assim, Splitter tem chances de ganhar alguns minutos na comissão técnica de Brett Brown. Entre 2010 e 2013, o treinador do Sixers era assistente do San Antonio Spurs, equipe em que o pivô brasileiro jogava.
O relacionamento com o técnico pode ajudar Splitter a ganhar alguns minutos na reta final. O brasileiro está no último ano de seu contrato, assinado quando ainda era titular do Spurs, e tem salário de US$ 8.250.000,00 (cerca de R$ 26,1 milhões) na temporada. É difícil imaginar que consiga algo semelhante para o próximo campeonato. Mas sua eficiência no pick-and-roll, sua habilidade para passar a bola e seu bom posicionamento na proteção do aro o credenciam para continuar na NBA.
Se a reta final não vale muito para alguns, para Splitter o futuro está em jogo. Cada rebote, cada toco e cada corta-luz podem significar centenas de milhares de dólares para o brasileiro.
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