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Lucas Bebê enfim tem chance na NBA

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Em uma liga desgastante como a NBA, com 82 jogos na temporada regular, é normal que as lesões sejam parte de uma equação capaz de definir o futuro de muitos times e jogadores ao longo da temporada. Um bom exemplo disso é Lucas Bebê. Com a lesão do lituano Jonas Valanciunas, pivô titular do Toronto Raptors, o brasileiro enfim recebeu a oportunidade que pode definir seu futuro na liga profissional americana. E começou bem.

Ainda em busca da melhor rotação possível enquanto não tem Valanciunas, o técnico Dwane Casey resolveu dar uma oportunidade a Bebê e deixou-o em quadra por 16 minutos na vitória por 96 a 86 sobre o Atlanta Hawks, coincidentemente o time que draftou o brasileiro. E ele não decepcionou: com quatro pontos, sete rebotes e um toco, o pivô ajudou seu time a marcar 22 pontos a mais do que sofreu enquanto esteve em quadra.

A atuação deixou boa impressão. Tanto que, no dia seguinte, o brasileiro voltou a ficar 16 minutos em quadra na derrota por 106 a 105 para o Denver Nuggets, deixando a quadra com seis pontos, um rebote e uma roubada de bola e ajudando seu time a marcar três pontos a mais do que sofreu quando esteve em quadra.

Até então, Bebê tinha jogado somente três jogos, e seu recorde anterior era de seis minutos. Ele vinha recebendo mais tempo de quadra no Raptors 905, time da D-League, a liga de desenvolvimento da NBA, filiado à franquia de Toronto. Lá, o brasileiro disputou quatro partidas, com médias de nove pontos, 7,8 rebotes, 3,8 assistências e 2,8 tocos em 22 minutos por exibição.

Em comparação a Bruno Caboclo, outro brasileiro da equipe de Toronto, era de se esperar que Bebê causasse impacto mais cedo. O pivô chegou à NBA com 789 de minutos de experiência na Liga ACB, o Campeonato Espanhol de basquete, talvez o segundo melhor campeonato nacional do mundo. O ala, por sua vez, tinha somente 244 minutos no NBB, o campeonato brasileiro da modalidade, em sua carreira profissional.

Bebê é um pivô que tem ferramentas físicas e técnicas para se dar bem na NBA. Atlético e veloz, suas características, como o tempo de bola para os tocos e a agilidade no uso das mãos, fazem com que ele seja uma ameaça ao defender o pick-and-roll, já que pode tanto bloquear um arremesso quanto interceptar linhas de passes. Agora, precisa trabalhar do outro lado, já que hoje é uma ameaça ofensiva somente completando passes para pontes aéreas e subindo para a cesta após rebotes ofensivos.

Hoje, Bebê tem o maior desafio da carreira na NBA até aqui, já que o Raptors recebe o invicto Golden State Warriors. Uma boa atuação, mesmo com derrota, pode ser decisiva para seu futuro.


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