Entre quinta-feira e domingo, grande parte do pessoal envolvido no basquete nacional esteve reunido em Franca (SP) para o Jogo das Estrelas do NBB e da LBF, que se juntaram pela primeira vez na história na produção do evento. Oportunidade para que a associação de jogadores da modalidade, presidida por Guilherme Giovannoni, ala-pivô do Uniceub/BRB/Brasília e da Seleção Brasileira, organizasse uma reunião com os atletas para tratar dos assuntos que dizem respeito à instituição.
Giovannoni atendeu ao blog no saguão do hotel próximo ao Pedrocão em que a maioria dos jogadores e técnicos ficou hospedada e explicou qual a posição da associação em relação a vários tópicos referentes ao basquete nacional. Preferiu não externar quais os assuntos mais urgentes discutidos pela entidade para respeitar a política interna que julga adequada, mas foi solícito e falou sobre algo que me chamou atenção: a participação das mulheres.
Assim como aconteceu no Jogo das Estrelas, a associação também conta com a participação do basquete feminino. A ala Karla, da ADCF Americana, foi escolhida como representante das mulheres na entidade, e uma das prioridades da reunião durante o fim de semana em Franca foi ouvir quais as demandas das participantes da LBF.
Deste modo, o Jogo das Estrelas serviu para dar esperança ao basquete feminino nacional. A ideia de juntar o evento com o dos homens certamente aumentou a exposição para as mulheres. Posso falar por mim: pelo segundo ano seguido, fui convidado pela LNB para a cobertura do fim de semana. Por isso, no ano passado, não houve material tão aprofundado quanto sobre o dos homens no LANCE! – pela falta de um repórter in loco -, o que mudou neste ano. E saber que há uma entidade como a associação disposta a apoiá-las certamente é mais um indício de que dias melhores podem estar pela frente.
Giovannoni também foi solícito ao falar sobre outros assuntos com o blog. Elogiou a LDB, torneio sub-22 do NBB. O ala-pivô exaltou a evolução na qualidade do campeonato de jovens, e disse ver a transição entre as gerações do basquete nacional como algo natural com o passar do tempo. Segundo ele, a presença de estrangeiros na liga nacional não pode ser apontada como entrave para o processo por ser algo que eleva a qualidade da competição.
A recém-formada associação de técnicos, certamente inspirada no surgimento e na consolidação da de jogadores, também foi tema da conversa com o Giovannoni. O ala-pivô contou que foi convidado para participar da reunião dos treinadores em Franca, em iniciativa para fortalecer o diálogo entre as entidades. Ótima ideia.
Quem acompanha o basquete nacional sabe que ainda existem uma série de problemas a serem resolvidos na modalidade ao redor do país. Mas presenciar um evento como o Jogo das Estrelas e ouvir informações desse tipo sobre a associação de jogadores certamente renova a esperança dos amantes do esporte.