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Chicago Bulls e a ‘horns’ invertida

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Conseguir fazer com que o Chicago Bulls espace a quadra o bastante para conseguir um bom desempenho ofensivo será um dos desafios do técnico Fred Hoiberg na temporada 2016/2017 da NBA. Isso porque o armador Rajon Rondo, o ala-armador Dwyane Wade e o ala Jimmy Butler, que provavelmente formarão o perímetro titular do time, combinaram para 133 bolas de três convertidas no último campeonato, menos do que 29 jogadores conseguiram sozinhos no período. Entre as soluções que o treinador terá de quebrar a cabeça para encontrar, pode estar uma adaptação da “horns”, posicionamento ofensivo bastante comum no basquete.

O “horns”, que em português significa “chifres”, recebe esse nome pelo seu formato, com o armador centralizado, os pivôs posicionados na cabeça do garrafão e os alas nos cantos da quadra. Porém, dada a falta de qualidade de Wade e Butler nos tiros de três pontos, o Chicago Bulls pode pensar em inverter esses papéis, utilizando-os próximos a Rondo e possibilitando que iniciem a jogada estabelecendo corta-luzes para o armador.

'Horns' costuma ter jogadores das posições 2 e 3 nos cantos, e os das 4 e 5 na cabeça de garrafão. Chicago Bulls pode inverter essa lógica

‘Horns’ costuma ter jogadores das posições 2 e 3 nos cantos, e os das 4 e 5 na cabeça de garrafão. Chicago Bulls pode inverter essa lógica

Butler

Butler foi bem arremessando do cotovelo esquerdo na última temporada, como exibido no gráfico. Zonas verdes mostram onde o jogador foi acima da média da NBA; amarelas, onde o jogador foi perto da média; e as vermelhas, onde foi abaixo da média. Pontos verdes mostram os arremessos certos, e vermelhos mostram os errados. Assim, o jogador poderia ocupar a posição “2” da imagem que abre o post e se posicionar para arremessar após fazer o corta-luz para Rondo. No geral, ele acertou 44,1% dos tiros de dois pontos que arriscou logo após receber a bola no último campeonato.

W

Wade não teve, na última temporada, uma zona de arremesso boa como Butler teve. Por isso, sua melhor solução seria se movimentar em direção à cesta depois de estabelecer o corta-luz para receber e finalizar próximo ao aro. Quando jogou com LeBron James no Miami Heat, o ala-armador se deu bem cortando sem a bola.

Para isso, o Chicago Bulls teria de começar com jogadores de garrafão com bom arremesso, para que eles possam se posicionar nas zonas mortas como ameaça nos tiros de três. Nikola Mirotic, com 39,0% de aproveitamento nas bolas de três na última temporada, Bobby Portis, com 30,8%, e o brasileiro Cristiano Felício, com 40% em sua campanha na D-League, surgem como boas alternativas.

Mirotic

Mirotic foi muito bem do canto direito na última temporada e poderia ocupar a posição 4 mostrada na imagem que abre o post. No geral, o ala-pivô converteu 41,8% dos arremessos de três pontos que arriscou logo depois de receber a bola na última temporada.

Nova

Novato na última temporada, Portis não acertou nenhuma bola de três dos cantos. Teria de melhorar seu desempenho para se encaixar nesta proposta tática, ou aproveitar a movimentação do ataque para subir e arremessar do arco, de onde teve melhor desempenho.

cristiano-felicio

Com pouco espaço na última temporada, Felício não converteu nenhuma bola de três e nem sequer arremessou dos cantos. Teria de se adaptar à função. Os 40% de aproveitamento na D-League mostram que é possível.

Com isso, Taj Gibson e Robin Lopez, importantes jogadores de garrafão do Chicago Bulls, especialmente defensivamente, formariam a dupla de garrafão reserva. Se Hoiberg quiser manter o “horns” como base de seu ataque, terá de sempre colocá-los em quadra ao lado dos alas da equipe que têm bom desempenho nos arremessos de três, como Tony Snell, que acertou 36,1% de suas bolas do perímetro na última temporada, e Doug McDermott, que converteu 42,5%.

Com bom aproveitamento do cotovelo esquerdo, Gibson entraria para fazer a função de Butler: se posicionar para arremessar depois de estabelecer o corta-luz.

Com bom aproveitamento do cotovelo esquerdo, Gibson entraria para fazer a função de Butler: se posicionar para arremessar depois de estabelecer o corta-luz.

Lopez, por sua vez, não finaliza de qualquer lugar que não seja próximo ao aro. Por isso, teria de se movimentar em direção à cesta após estabelecer o corta-luz.

Lopez, por sua vez, não finaliza de qualquer lugar que não seja próximo ao aro. Por isso, teria de se movimentar em direção à cesta após estabelecer o corta-luz.

Snell não foi

Snell não foi especialmente bom dos cantos na última temporada e teria de melhorar seu desempenho para se adequar à proposta. Quando se aproveitasse da movimentação ofensiva para achar espaço no arco, no entanto, poderia ser ameaça nos arremessos de longe.

McDermott é, talvez, o melhor arremessador do elenco do Bulls. O gráfico mostra que ele poderia fazer muito bem a posição 5 da imagem que abre o post.

McDermott é, talvez, o melhor arremessador do elenco do Bulls. O gráfico mostra que ele poderia fazer muito bem a posição 5 da imagem que abre o post.

Ainda há a possibilidade de deixar o comando da equipe nas mãos de Wade ou Butler, deixando em quadra um armador arremessador. A principal opção é Isaiah Canaan, que acertou 36,3% de suas bolas de três pontos na última temporada.

Assim como McDermott, Canaan seria indicado para a posição 5 da imagem que abre o post. Assim, Wade ou Butler assumiriam a 1.

Assim como McDermott, Canaan seria indicado para a posição 5 da imagem que abre o post. Assim, Wade ou Butler assumiriam a 1.

A adaptação de um sistema simples pode ser a solução para o Chicago Bulls.

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